Marituba possui uma das maiores áreas de conservação da Região Metropolitana de Belém (RMB). O Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia conserva parte dos 31% restantes de florestas primárias da RMB, confirmando seu grande destaque para conservação ambiental no Estado. Além da exuberante natureza, o REVIS possui mais de 15 km de trilhas e as ruínas da antiga Fábrica de Pneus da Pirelli, além de seringais ainda em produção. Uma excelente opção de passeio e de prática de turismo de natureza e aventura.
Uma excelente opção para os amantes do turismo de natureza
A entrada para este paraíso natural fica no quilômetro 14 da rodovia BR 316, pela Estrada da Pirelli. A via está em excelente estado de conservação, pois foi recuperada recentemente pelo Governo do Estado. Da rodovia até a unidade de conservação são seis quilômetros. A distância do centro de Belém até a Revis é de aproximadamente 23 quilômetros.
História – O Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia oferece aos visitantes tanto atrativos naturais quanto atrativos turísticos.
História, natureza e aventura na Revis Metrópole da Amazônia
A história da Unidade de Conservação teve inicio por volta de 1800 no período dos engenhos de maré, os quais eram engenhos de cana-de-açúcar movidos pela força das marés, tendo como proprietário na época o Conde Coma Mello.
Em 1950, à empresa Pirelli S/A compra a “Fazenda Oriboca”, a qual ficou popularmente conhecida como a “Fazenda da Pirelli”. Em seguida, esse período encerra-se com a transformação da antiga plantação de seringa em pastagem, com o nome de “Fazenda Guamá”, até o fechamento de suas atividades entre as décadas de 1980 e 1990.
Natureza – O REVIS possui ecossistemas aquáticos (6,5%) que contemplam o rio Guamá, pequenos furos e igarapés; ecossistemas de terra firme (25,7%) que contemplam capoeiras, pastagens abandonadas, assim com as plantações de seringueira e urucum; e ecossistemas de várzea (67,8%), contemplando florestas preservadas.
Natureza bem perto de Belém
Pesquisas realizadas na Unidade apontaram várias espécies vegetais ameaçadas de extinção, como o acapu, o angelim, o cedro, a Castanheira do Pará e a ucuúba branca. A fauna é bastante diversificada, apresentando grande quantidade de macacos-de-cheiro, bem como pacas, veados-mateiros, tatus e capivaras. Existem ainda várias espécies de anfíbios e répteis.
Como atrativos naturais destacam-se o Lago da Onça, o Igarapé do Dique, sua fauna (130 espécies de mamíferos, 300 espécies de aves, 220 espécies de peixes, 180 espécies de anfíbios e répteis e 500 espécies de invertebrados).
A flora também é diversa, contando com 340 espécies de plantas, sendo que nas áreas de várzea é possível encontrar exemplares ameaçados de extinção como o acapu (Vouacapoua americana), angelim (Zygia racemosa), cedro (Cedrela odorata), castanheira do Pará (Bertholletia excelsa) e a ucuúba branca (Virola surinamensis), entre outras e nas áreas de várzea dos rios Guamá e Uriboca, encontram-se exemplares de grande porte de samaúmas (Ceiba pentandra), ucuúbas (Virola surinamensis) e entre outras.
Os visitantes podem encontrar também rios, furos, igarapés e ainda caminhar nas trilhas como a da Seringueira, Samambaia, Quati, Circuito da Pirelli e trilhas de “aventura” para prática de corridas de bicicleta ou a pé.
Serviço:
Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia
Quando ir:
O Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia está aberto todos os dias. O visitante encontrará tanto trilhas com vegetação fechada como abertas e de diferentes níveis dificuldade.
Como ir:
Para visitar está Unidade de Conservação é necessário autorização do órgão gestor da Unidade – Ideflor-bio, enviando a solicitação de visita para o e-mail: revisma@ideflorbio.pa.gov.br, com no mínimo 10 dias de antecedência.
Para realizar as trilhas é necessário estar vestido adequadamente, utilizando chapéu, camisa de manga comprida ou casaco ou jaqueta, calça comprida, calçado adequado (bota ou tênis). Levar repelente e protetor solar.
A entrada é gratuita e pode ser solicitada por pessoa física, por instituições de ensino e pesquisa, entidades públicas, projetos sociais e sociedade civil.
Como Chegar:
O REVIS fica a 23 Km do município de Belém. Com acesso realizado por via terrestre, pela Rodovia BR-316 até o município de Marituba, o visitante segue até o Km 14, dobrando em seguida na “Estrada da Pirelli”. Percorrendo mais 4 Km pela estrada, chega-se à entrada da unidade. O REVIS compõe o mosaico de unidades de conservação da Região Metropolitana de Belém (RMB).
Texto: Márcio Flexa
Fotos: Ary Brito e Wenderson Santos
